Em abril de 2025, participei da Urban Art Fair em Paris, uma das principais feiras internacionais dedicadas exclusivamente à arte urbana contemporânea. Desde 2016, a feira reúne artistas, galerias e colecionadores de todo o mundo, promovendo diálogos entre diferentes estéticas, origens e contextos dentro do universo da arte urbana.

Minha participação foi realizada em colaboração com a Kallenbach Gallery, galeria sediada em Amsterdam com forte atuação na cena internacional da arte urbana e contemporânea, que representa artistas que transitam entre os limites do espaço público e institucional.

Durante o evento, duas obras da minha série Caótica foram expostas. A série — que já teve obras apresentadas nos Estados Unidos, França e em breve ganhará sua primeira individual no Brasil — explora a ressignificação de palavras pejorativas associadas ao feminino, transformando linguagem em campo de disputa visual e simbólica.

Um dos momentos marcantes da feira foi o registro da fotógrafa Martha Cooper, referência mundial no fotojornalismo e responsável por documentar a história do graffiti e da arte de rua desde os anos 1970, posando diante das minhas obras. Sua presença e reconhecimento são não apenas uma honra, mas também um combustível simbólico para seguir criando — ocupando espaços e tensionando narrativas.